A grande arte recheia a existência
A física senta e escreve o universo
Contas redondas regulam a ciência
Uma frase torta decepa este metro.
Há quem procure as coincidências:
Nomes iguais, talvez datas certas,
A fuga do jogo em duas linhas retas;
E um desafogo a suas consciências.
Pois saiba da morte do argentino
Uma brincadeira triste e divina:
O artista e físico Ernesto Sábato,
Quase fez cem. Morreu num sábado.
Fiz esse poema de brincadeira, no blog de Charlles Campos, sobre um comentário em que se confundiu o dia da morte de Ernesto Sábato.
se de brincadeira o verso sai assim, imagine esse poeta sério. há muita graça nestes teus versinhos “Pois saiba da morte do argentino
Uma brincadeira triste e divina:
O artista e físico Ernesto Sábato,
Quase fez cem. Morreu num sábado.”
Mantenha distância de sérios poetas;
Pavões caducos não servem de guia
Eu, na poesia, só sigo um profeta
De graça absurda: Edward Lear
Pescoços não são tão poetas assim,
Mas posso forçar o que queres de mim,
Verso sem jeito empolado e triste
poeta falsário com a pena em riste
Refrão:
(só não posso te dar o que queres de Lear”
O sol furtará as horas da noite
E o sono comanda a parar a peleja.
Se é pra seguir com leves açoites,
Que seja de dia, tomando cerveja.
Ah… Meninos, meninos talentosos,
mas não bebo cerveja, vou de vinho;
dos argentinos: Sábato é dos poderosos,
morrer é a pior forma de ficar sozinho.
Houve evocação: vem vate brincar!
Imagino os amigos, confortos em lá
Chispa, Vai-te daqui estrela sombria
pois temos aqui três bobos de Lear