Ossinhos de Belém

Ando tão à toa que esqueci de postar aqui o conto de horror natalino que escrevi para a maneiríssima coleção da DarkSide Books, junto com outros autores da casa, cada um mais massa que o outro, tudo diagramado, bonitinho. O meu se chama Ossinhos de Belém, um body horror soteropolitano sobre um estudante de intercâmbio que vai a uma festa estranha, descobre os perigos que se escondem na noite soteropolitana e ainda lança uma pergunta filosófica no ar. Talvez seja estranho postar um conto natalino no final de fevereiro, mas acho que continua fazendo sentido fora de época, então aqui vai. Aproveitei também pra atualizar a lista de Produção Literária.

https://darkside.blog.br/wp-content/uploads/2021/12/NatalDark2021_vol5_Paulo-Raviere.pdf

Coração das Trevas + Livros de Sangue: Volume 2 + O perrengue de cada dia

No primeiro semestre foram lançados pela DarkSide Books mais dois livros que traduzi.

Um de meus livros favoritos da vida, e que muito me orgulha, Coração das Trevas, de Joseph Conrad. De todas que saíram, foi a que me deu mais trabalho, a que mais demandou releituras, a mais demorada. Aí na pesquisa para a Introdução descubro que Conrad escreveu o livro em dois meses! Mas valeu a pena, e cá estamos com mais esse livro bonitão da Caveirinha. Contém ainda os “Diários do Congo”, ensaio de Virginia Woolf, posfácio do pesquisador Carlos da Silva Jr. e magníficas ilustrações de Braziliano Braza.

Saiu também o segundo volume da clássica antologia de contos de horror Livros de Sangue, de Clive Barker. A sequência é igualmente brutal e conta com introdução do escritor Bruno Ribeiro, que foi anunciado vencedor do Prêmio Machado exatamente no fim de semana que terminei esta tradução, em novembro do ano passado.

Além disso, fiz o texto de abertura da nova coluna do DarkBlog, chamada Ossos do Ofício, sobre os processos editoriais. Meu texto se chama O Perrengue de Cada Dia, e falo sobre a treta que foi o processo de tradução do romance O Mal Nosso de Cada Dia, de Donald Ray Pollock. Ele é apenas o primeiro de uma série sobre os bastidores das traduções que fiz. Logo logo sai mais.

Paulo Raviere (@pauloraviere) | Twitter

Outras traduções e textos:

Produção Literária

O cego do acordeão + tradução na Serrote 27

Publiquei o conto “O cego do acordeão” no belo zine Despacho, dos guerreiros da editora @satacorsario. Pode ser lido neste link.


Também saiu por agora minha tradução do ensaio “Sobre os Preconceitos de Nacionalidade”, de Oliver  Goldsmith, na Serrote 37. A Serrote é minha revista favorita, e ano passado publiquei a tradução do ensaio “Uma apologia dos ociosos”, de Robert Louis Stevenson, na Serrote 34.



Mostrar e contar: a arte da não ficção

Visualização da imagem

Ano passado ministrei esse curso de não ficção num dos lugares mais legais de São Paulo, a @taperatapera, e foi uma experiência sensacional. Muita gente me pediu que eu ministrasse o curso em outros locais, e aqui está. Será na Tapera, mas também em Irecê, e espero que em muitos outros lugares.

“Mostrar e contar é o título de um livro sobre a escrita criativa de não ficção do ensaísta e antologista Phillip Lopate. Este e outros livros sobre escrita e não ficção, em conjunção com atividades práticas, serão o norte desse curso. Cada aula será dividida em dois momentos no primeiro (mostrar), uma explanação sobre alguns gêneros e formas de não ficção; no segundo (contar), conversas sobre sua prática, com ênfase em publicações do ministrante e na produção dos inscritos.”

Peço que divulguem a quem possa se interessar.

Mais detalhes e inscrições por este link.

Entrevista + Livros de Sangue: Volume 1

Semana passada saiu no blog da Editora DarkSide Books uma entrevista comigo e mais três tradutores. Aqui.

Semana passada saiu também a pré-venda, pela mesma editora, de minha tradução de Livros de Sangue: Volume 1, esperadíssimo volume de contos de horror de Clive Barker, lançado originalmente em 1984.

Sobre outras traduções:
Psicopata Americano – Bret Easton Ellis e O Mal Nosso de Cada Dia – Donald Ray Pollock
Antologia Macabra – Hans-Ake Lilja
O Médico e o Monstro e Outros Experimentos – Robert Louis Stevenson 
Apologia dos Ociosos – Robert Louis Stevenson
Dois ensaios – Karel Capek

“Sonho americano?” (artigo no Blog da DS) + FestFronteira Experience

Publiquei no blog da editora DarkSide Books um artigo chamado “Sonho Americano?”, sobre os últimos romances que traduzi, Psicopata Americano, de Bret Easton Ellis, e O Mal Nosso de Cada Dia, de Donald Ray Pollock.

***

Amanhã participarei do FestFronteira Experience com José Francisco Botelho e mediação de Vera Medeiros. Provavelmente falaremos de canas, sotaques, resenhas, nossas respectivas viagens (dele para o Nordeste e minha para o Sul), e inclusive de literatura.

 

Psicopata americano + O mal nosso de cada dia

Estão em pré-venda mais dois livros que traduzi para a DarkSide Books, Psicopata Americano, de Bret Easton Ellis, e O Mal Nosso de Cada Dia, de Donald Ray Pollock.

Quando comecei a traduzir Psicopata Americano, tinha apenas uma noção da história, pois nem tinha visto o filme ainda, e não sabia que era um romance experimental, repleto de jogos de linguagem e invenções narrativas. Além disso, é o livro mais violento que já li, com doses fartas de um humor pesado e incômodo. Causou polêmica por tentarem censurá-lo no começo da década de 90, quando ninguém sonhava que o herói do protagonista se tornaria presidente dos Estados Unidos.

 

Fico feliz demais por finalmente ver O Mal Nosso de Cada Dia pronto (tenho até um caso curioso do processo tradutório pra contar depois). Nesse romance, acompanhamos um ex-combatente de guerra que faz sacrifícios por sua esposa com câncer, um casal de serial killers, um policial corrupto, e uma inesquecível dupla de pastores. O livro já foi classificado como thriller, “Ohio” Gothic, grit lit, várias coisas, mas basta saber que é um romance pesado, violento e melancólico, de prosa exuberante, na pegada de Flannery O’Connor e Cormac McCarthy. Assim como Psicopata Americano, tem muito a dizer sobre as pessoas que votaram em Trump, mas agora na posição oposta da pirâmide social. Em setembro sai uma adaptação cinematográfica pela Netflix.

Sobre outras traduções:
Antologia Macabra – Hans-Ake Lilja
O Médico e o Monstro e Outros Experimentos – Robert Louis Stevenson Apologia dos Ociosos – Robert Louis Stevenson
Dois ensaios – Karel Capek

Penugem, pedra

penugem

Ilustração: Peu Dourado

Após cinco anos praticamente sem publicar ficção, criei coragem de soltar esse conto na Revista Barril, “Penugem, pedra”. Ele faz parte de um projeto de contos (góticos sertanejos?) que tenho cá na gaveta. Essas ilustrações bonitonas são do formidável Peu Dourado, com quem também tou fazendo umas HQs.

A Barril é uma revista de crítica, artes e literatura que editamos na tora, movidos pelo prazer de fazer algo massa. Se curtir o conto ou a revista, peço que compartilhe. Para conferir minhas outras colaborações para a revista, clique aqui.

Revistas: Serrote 34 + Barril 21

Semana passada saiu uma tradução minha do divertidíssimo ensaio “Uma apologia dos ociosos”, de Robert Louis Stevenson, na edição 34 da revista Serrote, minha publicação favorita. Vale a pena.

Após uma pausa de dois anos, saiu também a edição 21 da revista Barril, na qual sou editor de literatura, e onde já publiquei alguns ensaios e traduções. Tudo vale a pena.

Antologia Macabra

 

Traduzi este lindo volume de contos de horror em homenagem a Stephen King, editado por Hans-Åke Lilja, que sai ainda este mês pela DarkSide Books. Destaco um conto experimental do próprio King, com fluxo de consciência e intervenções metalinguísticas e reflexões críticas sobre o horror e tudo o que temos direito; além de um divertidíssimo conto do sueco Jon Ajvide Linqvist, autor de Deixe ela entrar, sobre guris que jogam o RPG baseado em The Call of Cthulhu, na pegada de Stranger Things. Também há contos formidáveis de mestres do horror e weird fiction como Clive Barker, Brian Keene, Ramsey Campbell, entre outros – uma beleza. Na página da editora há mais informações. Eles também publicaram uma entrevista com Lilja. O livro é ilustrado pelo mestre Odilon Redon.